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PROJETO |
O Mês Que Não Terminou |
SALIC |
197108 |
PROCESSO |
01416.013585/2018-46 |
RESPONSÁVEL |
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UF |
RJ |
DIRETOR |
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PRODUTOR |
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ROTEIRISTA |
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SEGMENTO
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TV Paga
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GÊNERO
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FORMATO
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SINOPSE
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É conhecida a anedota atribuída ao líder do Partido Comunista Chinês, Zhou Enlai. Questionado sobre o sentido da Revolução Francesa, ele teria dito que era ainda muito cedo para
avaliar. Décadas depois, um diplomata presente no encontro resolveu vir a público para contar que a frase teria sido um mal-entendido. Zhou se referira ao evento de maio de 68, e não à
queda da Bastilha. A lenda era melhor que o fato, imprimiu-se a lenda.
Seja como for, a anedota é apropriada para pensarmos as revoltas de junho de 2013. Junho é o mês que não terminou. Seu impacto inicial continua gerando círculos concêntricos na
experiência brasileira. Ainda é cedo para avaliar as consequências políticas e sociais do despertar da sociedade civil e sua revolta contra o sistema político.
No início, pareceu um raio em céu azul aquelas milhões de pessoas nas ruas, erguendo cartazes, enfrentando a repressão policial e ocupando os centros simbólicos de suas cidades,
inclusive o Congresso Nacional. Afinal, o país estava ainda em um contexto de crescimento econômico, com desemprego baixo, inflação sob controle e popularidade da presidenta em alta.
Passados cinco anos, já não é difícil entender as causas dos protestos, nem a sua legitimidade; isso parece pacificado.
Já não importa, portanto, junho enquanto passado. Suas imagens foram repetidas à exaustão: as multidões, os cartazes, as tropas de choque, as máscaras de gás, as depredações. Mas
importa decisivamente pensar as lições que podemos tirar do sentido geral desse acontecimento: a emergência da sociedade civil como um agente político relevante, capaz de
desestabilizar governos, estabelecer pautas sociais e institucionais, abrir caminhos para mais - ou menos democracia.
Há certa romantização de junho. Seus idealistas veem nele, em seu primeiro momento, uma pureza virginal, uma unidade da sociedade civil em seguida maculada e corrompida, seja pela
polarização, pelo golpe, pelo sistema político ou pela direita autoritária. Junho, entretanto, nunca foi puro. A não ser numa dimensão muito abstrata e genérica: o repúdio ao sistema político
institucional como um todo. O problema é que essa negatividade, essa indeterminação tem perna curta. Ela tende a logo se concretizar em perspectivas diferentes e até contraditórias do
que devem ser a política, a economia, os costumes.
E foi o que aconteceu. A indignação contra o sistema se canalizou em larga medida para um sentimento anticorrupção que se transformou na trincheira política interessada que rachou o
país em dois.
Junho nunca foi puro, nem nunca foi uno. A participação social corta para os dois lados. Ela não é menos autêntica quando deixa de corresponder a determinada perspectiva política e
ideológica. O MBL não é menos junho do que o MPL. O Escola sem Partido não é menos junho do que os estudantes secundaristas que ocuparam as escolas públicas do país. A
organização da direita conservadora não é menos junho do que a primavera feminista. Bolsonaro não é menos junho do que Marielle Franco.
Qual é então o sentido de junho? Para onde ele nos levou até agora? E para onde poderá levar?
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SITUAÇÃO
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Encerrado Prazo de Captação - Encaminhado à CPC
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DATA DA SITUAÇÃO
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2023-06-02
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PROVIDÊNCIA TOMADA
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Despacho Final de Acompanhamento n.º 542-E/2023/SEF/SFO/CAP
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Aprovações |
Data |
Portaria / Deliberação |
Aprovação Inicial |
2019-07-19 |
PR03384
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Primeira Liberação |
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Última Prorrogação |
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Período de Captação |
a
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Mecanismo |
Valores Aprovados |
Valores Captados |
Saldo |
Outros Editais |
160000
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160000
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0
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TOTAL |
160000
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160000
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0
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// Contas de captação |
Mecanismo |
Agência |
Conta Corrente |
Situação |
// Contas de movimentação |
Mecanismo |
Agência |
Conta Corrente |
Situação |
MOVIMENTO PJ - FSA |
1569 |
32582 -1 |
ATIVO |
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